A HUMANIDADE DE CRISTO (PROVADA)
Professor: Pr. Gilson Soares dos Santos
1 – A
Humanidade de Cristo (Provada)
As
Escrituras evidenciam a humanidade de Cristo. Em todos os aspectos Jesus era
completamente humano, mas sem pecado.
Vejamos a resposta bíblica sobre a humanidade de Cristo.
1.1 –
Norman Geisler, em sua Enciclopédia de Apologética, traz as seguintes provas da
humanidade de Cristo:(1)
1.1.1 –
Jesus tinha ancestrais humanos. Os evangelhos afirmam que Jesus tinha uma
verdadeira genealogia humana que começava com o primeiro homem, Adão. Isso era
possível por parte de sua mãe, já que ele nasceu de uma virgem (Mt 1.20-25; Lc
2.1-7).
1.1.2 –
Jesus teve uma concepção humana. [...] Jesus começou como todos os seres
humanos, pela fertilização de um óvulo humano. Só que, no caso dele, foi
fertilizado sobrenaturalmente pelo Espírito Santo.
1.1.3 –
Jesus teve um nascimento humano. Maria teve uma gravidez de nove meses (Lc
1.26,56,57) e dores de parto, e Jesus nasceu como todas as outras crianças.
1.1.4 –
Jesus teve uma infância humana. Ele cresceu como as outras crianças,
aprendeu e se desenvolveu normalmente. [...] Lucas relata: “Jesus ia crescendo
em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2.52)
1.1.5 –
Jesus passou fome humana. Lucas registra que Jesus foi para o deserto “onde,
durante quarenta dias, foi tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses
dias e, ao final deles, teve fome”. O corpo de Jesus precisava de comida para
sustentá-lo.
1.1.6 –
Jesus teve sede humana. João diz: “Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira
do poço. Isto se deu por volta do meio dia. Nisso veio uma mulher samaritana
tirar água. Disse-lhe Jesus: ‘Dê-me um pouco de água’. (Jo 4.6,7). Jesus
precisava de água para sustentar seu corpo. Quando não bebia o suficiente
ficava com sede.
1.1.7 –
Jesus sentiu cansaço humano. Jesus também ficava cansado fisicamente. E
quando Jesus ficava cansado, descansava. João diz que Jesus estava cansado da
viagem (Jo 4.6).
1.1.8 –
Jesus teve emoções humanas. “Jesus chorou” (Jo 11.35), quando ele estava
ao lado do sepulcro de seu amigo. Mas, um momento antes, o texto diz: “Ao ver
chorando Maria e os judeus que a acompanhavam, Jesus agitou-se no espírito e
perturbou-se (Jo 11.33). Jesus chorou por Jerusalém (Jo 13.34). [...] Jesus
também ficou irado quando viu o templo sendo profanado (Jo 2.15).
1.1.9 –
Jesus teve tentação humana. O autor de hebreus nos informa (Hb 4.15) [...] A
tentação de Cristo foi real (Mt 4).
1.1.10
– Jesus era de carne e ossos humanos. Jesus era capaz de morrer e realmente
morreu. Como qualquer ser humano, Jesus sangrava quando se cortava (Jo 19.34;
Hb 2.14).
1.1.11
– Jesus sentiu dor humana. A crucificação inflige uma morte agonizante, e Jesus
sentiu cada momento dela, recusando até uma droga que lhe diminuiria a dor (Mt
27.34). Antes de sua morte angustiou-se no jardim, suando gotas de sangue e
confessando: “A minha alma está profundamente triste, numa trsiteza mortal” (Mt
26.38).
1.1.12
– Jesus teve uma morte humana. A Bíblia testifica repetidamente que Jesus
morreu (Mt 16.21; Rm 5.8; I Co 15.3).
1.2 – Wayne
Grudem, em sua Teologia Sistemática: Atual e Exaustiva, assim expõe a
humanidade de Cristo(2)
1.2.1 –
Jesus possuía um corpo humano. [...] Jesus ficava cansado. [...] Quando
Jesus estava caminhando para a crucificação, os soldados formçaram Simão Cirineu
a carregar a cruz (Lc 23.26), mais provavelmente porque Jesus estava tão fraco
depois dos açoites que havia recebido, que não tinha forças suficientes para
carregá-la por si. O auge das limitações de Jesus quanto ao seu corpo humano é
visto quando ele morreu sobre a cruz (Lc 23.46). Jesus também ressuscitou
dentre os mortos num corpo humano, físico, ainda que aperfeiçoado e já não
sujeito à fraqueza, enfermidade ou morte. Ele demonstra várias vezes aos
discípulos que possui corpo real (Lc 24.39).
1.3 – A
impecabilidade de Cristo, segundo Wayne Grudem(3)
A – Ainda que o Novo testamento seja claro em
afirmar que Jesus era plenamente humano exatamente como nós, também afirma que
Jesus era diferente em um aspecto importante: ele era isento de pecado e jamais
cometeu um pecado durante sua vida.
B – A impecabilidade de Jesus é ensinada com
freqüência no Novo Testamento. Vemos indicações disso no início da vida dele
quando encheu-se de sabedoria e quando “a graça de Deus estava sobre ele” (Lc
2.40). Depois vemos que Satanás foi incapaz de obter sucesso ao tentar Jesus,
não conseguindo, após quarenta dias, convencê-lo a pecar. Para os judeus que se
opunham a ele, Jesus perguntou: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo
8.46) e não recebeu resposta.
1.4 – Outros
textos sobre a impecabilidade de Cristo
A – Judas reconheceu
isso (Mt 27.3,4). “Pequei traindo sangue inocente”
B – O ladrão lá na
cruz atestou isto (Lc 23.41). “... este nenhum mal fez”.
C – Pilatos atestou
isto (Lc 23.22). “Mas que crime cometeu este homem? Não acho nele nada que
mereça a morte”
D – O centurião
reconheceu isto (Lc 23.47) “Deus glória a Deus e disse: Na verdade este homem
era justo”
E – Pedro ensinou isto
(I Pe 1.19; 2.22). “Mas com o preciosos sangue de Cristo, como de um Cordeiro
sem defeito e sem mácula”; “o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou
engano”
F – João pregou isto
(I Jo 3.5). “bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados. E
nele não há pecado”.
G – Paulo ensinou isto
(II Co 5.21). “Aquele que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pevcado por
nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.
H – O escritor aos
Hebreus mostra isto (Hb 4.15). “Pois não temos um Sumo Sacerdote que não possa
compadecer-se de nossas fraquezas, porem que, em tudo foi tentado, mas sem
pecado.”
(1)GEISLER. Norman, Enciclopédia de Apologética: respostas aos
críticos da fé cristã. São Paulo: Vida. 2002. pp. 286-288.
(2)GRUDEM. Wayne, Teologia Sistemática: Atual e Exaustiva.
São Paulo: Vida Nova. 1999. pp. 435-439